O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, conhecido como TDAH, é uma condição neurobiológica que afeta a atenção, o comportamento e o controle de impulsos. Embora seja mais comum em crianças, o transtorno pode persistir na vida adulta e impactar várias áreas da vida, como o desempenho acadêmico, profissional e as relações pessoais. O TDAH se manifesta por meio de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que podem variar em intensidade e combinação. Algumas pessoas apresentam principalmente desatenção, enquanto outras têm mais dificuldades com hiperatividade ou impulsividade. Em muitos casos, há uma combinação desses sintomas.
Para que o diagnóstico de TDAH seja feito, é necessário que os sintomas estejam presentes por pelo menos seis meses e que se manifestem antes dos 12 anos de idade. Além disso, esses sintomas devem causar prejuízos significativos em diferentes áreas da vida da pessoa, como na escola, no trabalho ou nas relações pessoais. A avaliação clínica do TDAH é feita por profissionais especializados, como psiquiatras, psicólogos ou neurologistas. Não existem exames laboratoriais que possam confirmar o diagnóstico do TDAH, o que torna a avaliação clínica essencial.
O processo diagnóstico começa com uma entrevista detalhada, onde o profissional busca entender o histórico da pessoa, seus sintomas e como esses sintomas afetam seu cotidiano. Para crianças, é comum envolver também os pais e professores, já que o TDAH costuma se manifestar em diferentes ambientes, como em casa e na escola. Além disso, o profissional utiliza escalas de avaliação e questionários para coletar informações sobre o comportamento da pessoa, e pode investigar o histórico acadêmico e social, verificando se há dificuldades de aprendizado ou problemas de socialização. É importante também excluir outras condições que possam causar sintomas semelhantes, como a ansiedade, a depressão ou as dificuldades de aprendizagem, para que o diagnóstico de TDAH seja feito com precisão.
O diagnóstico precoce do TDAH é fundamental para que a pessoa possa receber o tratamento adequado. Quando o transtorno é identificado cedo, as intervenções podem ser mais eficazes, ajudando a pessoa a lidar melhor com as dificuldades que o TDAH impõe. O tratamento costuma incluir uma combinação de terapia comportamental, acompanhamento educacional e, em alguns casos, o uso de medicação. O objetivo do tratamento é melhorar a qualidade de vida do paciente, promovendo o desenvolvimento de habilidades que ajudem a superar os desafios do TDAH e a potencializar seus pontos fortes.
Conclusão
Detectar o TDAH de forma precoce e oferecer o tratamento adequado pode fazer uma grande diferença na vida do paciente, evitando que ele sofra consequências mais graves, como dificuldades acadêmicas, problemas emocionais ou dificuldades no ambiente de trabalho. Com um diagnóstico preciso, é possível ajustar as estratégias de ensino e fornecer o suporte necessário para que a pessoa com TDAH possa atingir seu potencial máximo, vivendo uma vida mais equilibrada e produtiva.
